Apáticos ou engajados? O que dizem os dados sobre jovens e a política


Partidos ideológicos e movimentos de renovação atraem mais as novas gerações; partidos tradicionais têm cada vez menos jovens
POR JOÃO GADO F. COSTA • 02/10/2020

Uma campanha lançada pelo Tribunal Superior Eleitoral em junho deste ano chamou a atenção do Pindograma. A iniciativa “Eu na Prefeitura / Eu na Câmara” era voltada apenas para os brasileiros entre 16 e 25 anos. O objetivo era “atrair os jovens para pensar o Brasil e participar da vida pública”. No lançamento, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, afirmou que jovens são necessários para a renovação política, mas que não os via interessados em “mudar o mundo a partir da política”.

As impressões de Barroso estavam certas? Após os protestos de julho de 2013, surgiram pesquisas e matérias que apontavam para os jovens como os mais insatisfeitos e os que mais rejeitavam partidos e políticos. Ao mesmo tempo, não faltam impressões de mudança e renovação política trazidas pela juventude: vêm surgindo movimentos e iniciativas, tanto do poder público quanto da esfera privada, que visam educar e estimular jovens a participarem da política.

Temos, então, duas narrativas contrastantes. Há quem defenda que os jovens estão mudando a cara da política brasileira, mas há também quem diga que o desinteresse da juventude ainda é preocupante. Para não ficar de fora da conversa, o Pindograma foi atrás de dados que pudessem ilustrar melhor como os jovens brasileiros participam da política.

Os dados mostram que jovens votam, em média, menos que os mais velhos. No entanto, cada vez mais candidatos jovens vêm sendo eleitos em eleições estaduais e federais desde 2002. Enquanto isso, os partidos brasileiros se veem em crise: ano a ano, perdem filiados de suas juventudes e têm crescente dificuldade para dialogar com esse segmento da população.

Quem escapa dessa tendência são os partidos mais ideológicos e os movimentos de renovação. Novas forças políticas que vêm tomando o espaço de partidos tradicionais são mais eficazes em reter e atrair integrantes. Ao que tudo indica, não são os jovens que estão se distanciando da política: é a política estabelecida que se afasta dos jovens.

O voto

Antes de tudo, vale perguntar quem é considerado jovem quando se trata de política. A campanha do TSE foca na faixa de 16 a 25 anos. Uma pesquisa do Instituto Data Popular de 2014 tratava dos brasileiros entre 16 e 33 anos. Já entre os partidos políticos, cada um tem sua própria definição de juventude. Para o PT, são todos os filiados abaixo de 29 anos. Para o MDB, todos até os 34.

Independente do critério usado, os dados disponíveis revelam que há de fato diferenças de comportamento eleitoral entre jovens e o restante da população. Uma delas é a maior taxa de abstenção entre os eleitores mais novos:

Mesmo votando menos, os jovens têm ganhado espaço dentre os representantes eleitos no país. A representação de jovens de até 34 anos em cargos estaduais e federais aumentou pleito após pleito desde 2002. Naquele ano, eles eram 8,6% dos deputados estaduais, federais e governadores eleitos: 138 representantes no total. Já em 2018, esse número chegou a 208, ou seja, 13% dos eleitos. (Por lei, senadores e presidentes não podem ter menos de 35 anos, então desconsideramos esses cargos na análise.)

Os políticos

Esse aumento não passou despercebido. As candidaturas jovens receberam especial atenção midiática em 2018. No último ano de eleições federais, dentre os cinco deputados federais mais votados, dois tinham 24 anos ou menos: João Campos (PSB-PE), filho do falecido governador de Pernambuco Eduardo Campos, e Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL). Além deles, destacaram-se os deputados Tabata Amaral (PDT-SP), Felipe Rigoni (PSB-ES) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que, antes de ser eleita ao Congresso, fora a mais jovem vereadora já eleita em São Paulo.

Dentre esses nomes, somente João Campos e Sâmia Bomfim eram militantes de longa data em seus partidos. Já Kim Kataguiri ganhou notoriedade por sua liderança no MBL e sua militância contra o governo de Dilma Rousseff (PT), entrando no DEM apenas no ano da eleição. Tabata Amaral e Felipe Rigoni também se elegeram por partidos que integravam há menos de um ano.

Em sua trajetória pelo Congresso, Tabata — assim como Rigoni — chamou a atenção por sua ligação a movimentos de renovação política. Em entrevista ao Pindograma, a deputada enfatizou a importância do Acredito, movimento que ajudou a fundar, para sua eleição: “[O Acredito] foi uma ponte entre a sociedade da qual eu fazia parte e os partidos políticos. Não era somente a Tabata chegando para conversar com os partidos, era um movimento com milhares de voluntários, que teria dezenas de seus membros se candidatando”.

O movimento é uma de várias organizações que se dizem comprometidas com a renovação política no Brasil que começaram a surgir a partir dos protestos de 2013. Algumas, como o RenovaBR e a RAPS, promovem cursos e programas de capacitação para a formação de novas lideranças políticas. Os movimentos já causaram polêmica e até sofreram acusações de serem ‘partidos clandestinos’, mas o fato é que parecem atrair mais jovens que os partidos oficiais. O Pindograma verificou que a média de idade dos 1.049 ex-alunos do RenovaBR concorrendo nas eleições de 2020 é de 37, enquanto a média de idade de todos os candidatos é de 46 – quase dez anos a mais.

Sejam os candidatos ligados a movimentos suprapartidários ou não, o que explica essa gravitação dos votos para os mais jovens? O sociólogo Antonio Teixeira de Barros, especialista em participação política no Brasil, explica que muitos candidatos jovens surfam a onda da insatisfação com a política tradicional. “Os candidatos jovens conseguem vocalizar isso, o que resulta em adesão dos eleitores a essa suposta ‘nova política’ com a presença de políticos jovens”.

Os Filiados

Apesar do êxito de muitas candidaturas mais jovens, esse sucesso nas urnas não está refletido nas bases de filiados dos próprios partidos. A trajetória dos parlamentares citados acima reflete essa tendência – afinal, apenas João Campos e Sâmia Bonfim eram filiados a seus partidos antes de 2018.

Tradicionalmente, candidatos e futuras lideranças partidárias saem das juventudes dos partidos, compostas pelos filiados jovens. Os partidos, porém, foram e continuam sendo um dos maiores alvos de insatisfação e rejeição por parte de brasileiros, com destaque para os jovens. Uma Pesquisa do Instituto Data Popular de 2014 apontou que 58% dos brasileiros entre 16 e 33 anos acreditavam que o país estaria melhor sem partidos políticos.

Entre os jovens, filiar-se a um partido está mais impopular a cada ano. Desde 2012, a proporção média de filiados desse segmento vem caindo, mesmo considerando o envelhecimento da população brasileira:

O professor Antonio Teixeira de Barros comenta que os partidos têm tido dificuldade em se atualizarem e atenderem às demandas de gerações mais novas. “Os jovens passaram a preferir formas de mobilização mais dinâmicas e menos centralizadas e burocratizadas”, explica. O ativismo mais direcionado a certas pautas está em alta, vide a força que os movimentos feminista, negro, LGBTQ+ e ambientalista ganharam nos últimos tempos.

Isto pode ajudar a explicar a alta taxa de filiação a partidos de esquerda, como o PSOL. O partido é o segundo maior em proporção de jovens filiados: 33,34%, ou o dobro da média nacional. Desde 2008, a proporção de jovens no partido caiu, mas ano a ano o número total de jovens aumentou, indicando que o partido como um todo vem ganhando mais força desde sua fundação. Barros comenta que “há uma conexão forte do PSOL com os movimentos sociais defensores dessas causas e há muitos jovens envolvidos em coletivos associados a esses movimentos sociais”.

Do outro lado do espectro político, há partidos que também se destacam em filiação de jovens. Apesar da saída de Bolsonaro no final de 2019, o PSL quase dobrou seu número de filiados entre 16 e 24 anos no último biênio. No mesmo período, os filiados de até 34 anos cresceram em cinco pontos percentuais e passaram a representar quase um quinto do quadro partidário. A defesa de valores conservadores, do cristianismo e da ‘família’ atrai jovens mais conservadores, segundo Barros. “Os jovens religiosos se reconhecem nesse discurso, especialmente nas manifestações contra o aborto, contra a união civil homoafetiva, contra o debate sobre gênero nas escolas e a defesa de um sistema de ensino despartidarizado”.


Seja à direita ou à esquerda, os jovens parecem dar preferência a partidos mais ideológicos e transparentes com suas causas. A percepção é de que partidos tradicionais não são sinceros ou representativos da juventude. A deputada Tabata Amaral destacou a necessidade de transformação dos partidos brasileiros, que correm o risco de alienarem cada vez mais os jovens. “A gente vai ter que ter coragem de dar um chacoalhão nos partidos brasileiros, de provocá-los a serem mais democráticos, a serem éticos, a serem transparentes, porque em 2020 a gente espera mais deles”, disse.

Os partidos que não se atualizam perdem suas juventudes enquanto movimentos de renovação e grupos ativistas vão tomando seu lugar. Talvez a próxima campanha do TSE deva ser direcionada aos dirigentes partidários e não à geração que vai substituí-los.


Dados utilizados na matéria: Filiação Partidária Agregada (Tribunal Superior Eleitoral); Candidaturas (Tribunal Superior Eleitoral); Estimativas da População (IBGE).

Contribuíram com dados: Antonio Piltcher e Daniel Ferreira.

Para reproduzir os números citados, os dados podem ser encontrados aqui.

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João Gado F. Costa é repórter do Pindograma.

Apáticos ou engajados? O que dizem os dados sobre jovens e a política

Partidos ideológicos e movimentos de renovação atraem mais as novas gerações; partidos tradicionais têm cada vez menos jovens

POR JOÃO GADO F. COSTA

02/10/2020

Uma campanha lançada pelo Tribunal Superior Eleitoral em junho deste ano chamou a atenção do Pindograma. A iniciativa “Eu na Prefeitura / Eu na Câmara” era voltada apenas para os brasileiros entre 16 e 25 anos. O objetivo era “atrair os jovens para pensar o Brasil e participar da vida pública”. No lançamento, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, afirmou que jovens são necessários para a renovação política, mas que não os via interessados em “mudar o mundo a partir da política”.

As impressões de Barroso estavam certas? Após os protestos de julho de 2013, surgiram pesquisas e matérias que apontavam para os jovens como os mais insatisfeitos e os que mais rejeitavam partidos e políticos. Ao mesmo tempo, não faltam impressões de mudança e renovação política trazidas pela juventude: vêm surgindo movimentos e iniciativas, tanto do poder público quanto da esfera privada, que visam educar e estimular jovens a participarem da política.

Temos, então, duas narrativas contrastantes. Há quem defenda que os jovens estão mudando a cara da política brasileira, mas há também quem diga que o desinteresse da juventude ainda é preocupante. Para não ficar de fora da conversa, o Pindograma foi atrás de dados que pudessem ilustrar melhor como os jovens brasileiros participam da política.

Os dados mostram que jovens votam, em média, menos que os mais velhos. No entanto, cada vez mais candidatos jovens vêm sendo eleitos em eleições estaduais e federais desde 2002. Enquanto isso, os partidos brasileiros se veem em crise: ano a ano, perdem filiados de suas juventudes e têm crescente dificuldade para dialogar com esse segmento da população.

Quem escapa dessa tendência são os partidos mais ideológicos e os movimentos de renovação. Novas forças políticas que vêm tomando o espaço de partidos tradicionais são mais eficazes em reter e atrair integrantes. Ao que tudo indica, não são os jovens que estão se distanciando da política: é a política estabelecida que se afasta dos jovens.

O voto

Antes de tudo, vale perguntar quem é considerado jovem quando se trata de política. A campanha do TSE foca na faixa de 16 a 25 anos. Uma pesquisa do Instituto Data Popular de 2014 tratava dos brasileiros entre 16 e 33 anos. Já entre os partidos políticos, cada um tem sua própria definição de juventude. Para o PT, são todos os filiados abaixo de 29 anos. Para o MDB, todos até os 34.

Independente do critério usado, os dados disponíveis revelam que há de fato diferenças de comportamento eleitoral entre jovens e o restante da população. Uma delas é a maior taxa de abstenção entre os eleitores mais novos:

Mesmo votando menos, os jovens têm ganhado espaço dentre os representantes eleitos no país. A representação de jovens de até 34 anos em cargos estaduais e federais aumentou pleito após pleito desde 2002. Naquele ano, eles eram 8,6% dos deputados estaduais, federais e governadores eleitos: 138 representantes no total. Já em 2018, esse número chegou a 208, ou seja, 13% dos eleitos. (Por lei, senadores e presidentes não podem ter menos de 35 anos, então desconsideramos esses cargos na análise.)

Os políticos

Esse aumento não passou despercebido. As candidaturas jovens receberam especial atenção midiática em 2018. No último ano de eleições federais, dentre os cinco deputados federais mais votados, dois tinham 24 anos ou menos: João Campos (PSB-PE), filho do falecido governador de Pernambuco Eduardo Campos, e Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL). Além deles, destacaram-se os deputados Tabata Amaral (PDT-SP), Felipe Rigoni (PSB-ES) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que, antes de ser eleita ao Congresso, fora a mais jovem vereadora já eleita em São Paulo.

Dentre esses nomes, somente João Campos e Sâmia Bomfim eram militantes de longa data em seus partidos. Já Kim Kataguiri ganhou notoriedade por sua liderança no MBL e sua militância contra o governo de Dilma Rousseff (PT), entrando no DEM apenas no ano da eleição. Tabata Amaral e Felipe Rigoni também se elegeram por partidos que integravam há menos de um ano.

Em sua trajetória pelo Congresso, Tabata — assim como Rigoni — chamou a atenção por sua ligação a movimentos de renovação política. Em entrevista ao Pindograma, a deputada enfatizou a importância do Acredito, movimento que ajudou a fundar, para sua eleição: “[O Acredito] foi uma ponte entre a sociedade da qual eu fazia parte e os partidos políticos. Não era somente a Tabata chegando para conversar com os partidos, era um movimento com milhares de voluntários, que teria dezenas de seus membros se candidatando”.

O movimento é uma de várias organizações que se dizem comprometidas com a renovação política no Brasil que começaram a surgir a partir dos protestos de 2013. Algumas, como o RenovaBR e a RAPS, promovem cursos e programas de capacitação para a formação de novas lideranças políticas. Os movimentos já causaram polêmica e até sofreram acusações de serem ‘partidos clandestinos’, mas o fato é que parecem atrair mais jovens que os partidos oficiais. O Pindograma verificou que a média de idade dos 1.049 ex-alunos do RenovaBR concorrendo nas eleições de 2020 é de 37, enquanto a média de idade de todos os candidatos é de 46 – quase dez anos a mais.

Sejam os candidatos ligados a movimentos suprapartidários ou não, o que explica essa gravitação dos votos para os mais jovens? O sociólogo Antonio Teixeira de Barros, especialista em participação política no Brasil, explica que muitos candidatos jovens surfam a onda da insatisfação com a política tradicional. “Os candidatos jovens conseguem vocalizar isso, o que resulta em adesão dos eleitores a essa suposta ‘nova política’ com a presença de políticos jovens”.

Os Filiados

Apesar do êxito de muitas candidaturas mais jovens, esse sucesso nas urnas não está refletido nas bases de filiados dos próprios partidos. A trajetória dos parlamentares citados acima reflete essa tendência – afinal, apenas João Campos e Sâmia Bonfim eram filiados a seus partidos antes de 2018.

Tradicionalmente, candidatos e futuras lideranças partidárias saem das juventudes dos partidos, compostas pelos filiados jovens. Os partidos, porém, foram e continuam sendo um dos maiores alvos de insatisfação e rejeição por parte de brasileiros, com destaque para os jovens. Uma Pesquisa do Instituto Data Popular de 2014 apontou que 58% dos brasileiros entre 16 e 33 anos acreditavam que o país estaria melhor sem partidos políticos.

Entre os jovens, filiar-se a um partido está mais impopular a cada ano. Desde 2012, a proporção média de filiados desse segmento vem caindo, mesmo considerando o envelhecimento da população brasileira:

O professor Antonio Teixeira de Barros comenta que os partidos têm tido dificuldade em se atualizarem e atenderem às demandas de gerações mais novas. “Os jovens passaram a preferir formas de mobilização mais dinâmicas e menos centralizadas e burocratizadas”, explica. O ativismo mais direcionado a certas pautas está em alta, vide a força que os movimentos feminista, negro, LGBTQ+ e ambientalista ganharam nos últimos tempos.

Isto pode ajudar a explicar a alta taxa de filiação a partidos de esquerda, como o PSOL. O partido é o segundo maior em proporção de jovens filiados: 33,34%, ou o dobro da média nacional. Desde 2008, a proporção de jovens no partido caiu, mas ano a ano o número total de jovens aumentou, indicando que o partido como um todo vem ganhando mais força desde sua fundação. Barros comenta que “há uma conexão forte do PSOL com os movimentos sociais defensores dessas causas e há muitos jovens envolvidos em coletivos associados a esses movimentos sociais”.

Do outro lado do espectro político, há partidos que também se destacam em filiação de jovens. Apesar da saída de Bolsonaro no final de 2019, o PSL quase dobrou seu número de filiados entre 16 e 24 anos no último biênio. No mesmo período, os filiados de até 34 anos cresceram em cinco pontos percentuais e passaram a representar quase um quinto do quadro partidário. A defesa de valores conservadores, do cristianismo e da ‘família’ atrai jovens mais conservadores, segundo Barros. “Os jovens religiosos se reconhecem nesse discurso, especialmente nas manifestações contra o aborto, contra a união civil homoafetiva, contra o debate sobre gênero nas escolas e a defesa de um sistema de ensino despartidarizado”.


Seja à direita ou à esquerda, os jovens parecem dar preferência a partidos mais ideológicos e transparentes com suas causas. A percepção é de que partidos tradicionais não são sinceros ou representativos da juventude. A deputada Tabata Amaral destacou a necessidade de transformação dos partidos brasileiros, que correm o risco de alienarem cada vez mais os jovens. “A gente vai ter que ter coragem de dar um chacoalhão nos partidos brasileiros, de provocá-los a serem mais democráticos, a serem éticos, a serem transparentes, porque em 2020 a gente espera mais deles”, disse.

Os partidos que não se atualizam perdem suas juventudes enquanto movimentos de renovação e grupos ativistas vão tomando seu lugar. Talvez a próxima campanha do TSE deva ser direcionada aos dirigentes partidários e não à geração que vai substituí-los.


Dados utilizados na matéria: Filiação Partidária Agregada (Tribunal Superior Eleitoral); Candidaturas (Tribunal Superior Eleitoral); Estimativas da População (IBGE).

Contribuíram com dados: Antonio Piltcher e Daniel Ferreira.

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